A partir de 1º de julho de 2014 entra em vigor o novo texto que regulamenta as mudanças na renovação do acordo automotivo comercial que existe entre o Brasil e a Argentina.
De acordo com o novo texto, o Brasil passa a ter menos vantagens comerciais. O novo acordo terá vigência até junho de 2015.
O sistema flex já existente no acordo anterior – que prevê a chance de venda de carros e autopeças entre os dois países sem cobrança de impostos – agora dispõe que para cada US$ 1,5 milhão vendido à Argentina, o Brasil deve comprar o equivalente a US$ 1 milhão. Em casos que o valor de compra seja excedente aos valores estabelecidos haverá cobrança de impostos sob alíquota de 35% do total.
No texto anterior, os números consideravam que o Brasil poderia realizar venda de US$ 1,95 milhão para cada US$ 1 milhão comprados da Argentina, ou seja, havia maiores vantagens comerciais do que com o novo texto aprovado. Para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mesmo com a possível desvantagem em vigência, ainda assim, o acordo entre os países é capaz de garantir a revisibilidade e fluidez no comércio bilateral.
Somente em maio deste ano, o Brasil conseguiu realizar exportação de 35.162 carros. Este somatório compreende a venda de 32.764 veículos leves, ou seja, 22.484 automóveis e 10.280 veículos comerciais leves, 1.590 caminhões e 808 ônibus no âmbito mundial. Compreendendo todo o ano de 2014 até o momento, os números sobem para 145.722 carros e passam a ser 92.761 automóveis, 41.882 veículos comerciais leves, 8.189 caminhões e 2.890 ônibus.
O balanço realizado no ano de 2013 fechou com 566.299 vendas que compreenderam 397.218 automóveis, 134.294 comerciais leves, 25.019 caminhões e 9.768 ônibus.
O novo acordo já conta com anexo que abre espaço para discussão do acordo que passará a ter vigor ao fim do período citado (junho de 2015).
Por Jaime Pargan